Dados do último inquérito Bio-comportamental realizado pelo Comité de Coordenação do Combate à Sida apontam que em cada 100 pessoas que consomem drogas em Cabo Verde três vivem com o VIH. A informação foi avançada à imprensa hoje pela secretária executiva da CCS-SIDA, Celina Ferreira, no âmbito do acto central que assinala o Dia Mundial de Luta Contra a Sida e Dezembro Vermelho.
Sob o lema “Sigamos o caminho dos direitos”, o momento contou com a apresentação do Inquérito Bio-comportamental sobre o consumo da droga e a sua relação com VIH, pela secretária Executiva do CCS-SIDA. Segundo a responsável, em Cabo Verde há uma prevalência de VIH de 2,6% nas pessoas que consomem drogas, sendo mais elevada nas mulheres por apresentarem mais vulnerabilidades sociais.
Na população geral, Celina Ferreira avançou que existe uma prevalência de 0,6%, sublinhando que é uma prevalência fraca, mas que todos devem intervir para minimizar os riscos e resolver este problema de saúde pública.
Celina Ferreira lamentou que os consumidores de droga sejam uma população-chave ao risco de infecção pelo VIH, para quem a estratégia tem que ser de proximidade.
O relatório indica também que na cidade da Praia, no Sal e na Boa Vista, por serem as últimas ilhas turísticas, a situação é pior em relação aos outros pontos do arquipélago, devido ao maior consumo de álcool e drogas, e também à mobilidade entre as ilhas.
Entretanto, a secretária executiva da CCS-Sida realçou que neste momento o país está na fase de eliminação da transmissão vertical do VIH e da sífilis e a trabalhar também para eliminar o VIH no horizonte 2030.
Redação Tiver