RECEITAS DO ESTADO SUBIRAM 17,5% EM 2022 PARA 480 ME

As receitas do estado aumentaram 17,5% em 2022, face ao ano anterior, para mais de 53.100 milhões de escudos, sobretudo com o crescimento dos impostos arrecadados, indicam dados oficiais.

De acordo com dados do relatório síntese da execução orçamental de janeiro a dezembro, este desempenho resulta essencialmente do “aumento da arrecadação” de impostos e das contribuições para a segurança social.

No documento do Ministério das Finanças, provisório, refere-se ainda que as despesas totais de janeiro a dezembro aumentaram 5,4%, face ao executado nos 12 meses de 2021, para mais de 66.777 milhões de escudos.

O Estado de Cabo Verde arrecadou assim 87,5% dos 54.270 milhões de escudos das receitas orçamentadas para todo o ano pelo Governo.

Nas receitas, o Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares aumentou 6,4% até final de dezembro, para quase 6.433 milhões de escudos, enquanto o imposto sobre os lucros das empresas aumentou, também em termos homólogos, 17,3%, para quase 3.201 milhões de escudos em 12 meses.

Nos impostos indiretos, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) continua a recuperar das quedas provocadas pela pandemia de covid-19 e da queda no turismo, tendo rendido em 2022 mais de 17.917 milhões de escudos, aumentando 37,8% face ao ano anterior.

Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido às restrições impostas para controlar a pandemia de covid-19.

O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento económico de 7% em 2021, impulsionado pela retoma da procura turística no quarto trimestre.

Devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, o Governo cabo-verdiano reviu de 6% para 4% a perspetiva de crescimento económico em 2022, mas já no final de outubro voltou a rever essa previsão para pelo menos 8% e no final de dezembro para mais de 10%.

Fonte: Lusa // Ad: Redação Tiver

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