O ataque ao Nord Stream, a 26 setembro do ano passado, pode afinal ter sido realizado por um grupo pró-ucraniano. Esta é pelo menos a conclusão de uma investigação europeia e norte-americana, revelada pelos jornais “The New York Times” e “Die Zeit“, que acredita que a sabotagem aos gasodutos para transportar gás russo para a Europa foi levada a cabo por uma equipa de seis pessoas com algum tipo de ligação à Ucrânia.
De acordo com o periódico alemão, a embarcação alegadamente usada na operação foi também identificada. O barco em causa terá sido alugado por uma empresa sediada na Polóniapertencente a dois cidadãos ucranianos.
O governo de Volodymyr Zelenskyy desmente qualquer envolvimento na sabotagem dos gasodutos no Mar Báltico. A hipótese foi também, para já, afastada pelos investigadores, que não excluem até uma falsa operação para incriminar Kiev.
As causas e autoria por trás das explosões ocorridas em setembro permanecem por esclarecer. E, depois de uma troca de acusações entre o Kremlin e o Ocidente, a NATO pede agora prudência nas especulações.
Em resposta às informações analisadas pelos serviços secretos ocidentais, a Rússia questionou a credibilidade dos Estados Unidos para agora “nos fazerem acreditar que um grupo pró-ucraniano fez explodir os gasodutos Nord Stream” e pede agora à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue.
No Twitter, o vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy, afirmou que “isto prova que estamos certos ao pressionarmos para uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para iniciar uma investigação internacional liderada pelo secretário-geral da ONU sobre a sabotagem dos Nord Stream”.
Ainda este mês, Moscovo vai tentar ver aprovada no Conselho de Segurança das Nações Unidas uma investigação internacional independente às explosões no Nord Stream.
Fonte: Euronews