O Ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social afirmou hoje que cabo verde deseja se afirmar como um país de referência nas políticas de imigração, e que o país seja um espaço aberto em que todos são tratados iguais. Elísio Freire salientou que cabo verde não vai compactuar com a imigração ilegal e sempre vai trabalhar para repatriar os cidadãos, por isso durante a 13ª reunião ordinária do Conselho de Imigração defendeu um trabalho conjunto com outros países.
O ministro da família, inclusão e desenvolvimento social sublinhou que a imigração é um tema estratégico e fundamental para o país, visto que cabo verde sempre foi um país de imigração e neste momento os senegaleses, guineenses e nigerianos são os povos africanos que mais imigram para o país. Por isso ressalvou que é preciso criar medidas para dar esperança, para integra-los, e dar uma vida digna e respeito, e destacou a lei de nacionalidade que vai trazer mudanças significativas.
Elísio Freire relembrou que cabo verde tem tido incidentes de imigração clandestina, nestes casos explicou há um consenso de usar o fundo nacional de emergência, reafirmando que o objetivo é criar uma imigração mais regular, legal e coerente. Continuou dizendo que cabo verde já conta com associações que prestam serviço aos imigrantes e que vem trabalhando para aperfeiçoar uma plataforma de atendimento para as cinco línguas mais faladas.
O presidente da plataforma das comunidades imigradas africanas considerou que o terceiro plano de acção para a imigração é um passo na criação de medidas, iniciativas e projetos que impulsionem os imigrantes, adiantando que as revindicações da organização estão alinhadas com as medidas no plano. Quanto ao facto dos dados que apresentam que 3 a cada 10 imigrantes se sentem discriminados, José Viana reconheceu que é normal ter estes sentimentos mas defendeu que tem visto uma mudança positiva depois do processo de regularização extraordinária.
O terceiro plano de acção para a imigração visa transformar cabo verde num país de partida e recepção de imigrantes em que estes têm condições para empreenderem, inserirem no mercado de trabalho ou fazerem uma formação. O plano surge para dar resposta aos dados apontados pela organização das migrações de que nos próximos anos vai acontecer um grande fluxo migratório por causa das desigualdades sociais.
Redação Tiver