Cabo Verde alcançou um marco histórico ao ser certificado pela Organização mundial da Saúde, como um país livre de malária. A medida, elogiada pela OMS, representa um passo significativo na luta global contra a malária.
Cabo Verde junta-se agora, ao grupo de 43 países e um território em que a Organização Mundial da Saúde atribuiu a certificação de um país livre de paludismo. Para o Director geral da OMS, este é um momento que ficará na história do arquipélago cabo-verdiano como uma das suas conquistas “mais significativas” para alcançar a independência e a democracia.
“É com grande prazer que anuncio que, seguindo o conselho do Grupo Consultivo Técnico da OMS sobre Eliminação e Certificação da Malária e do Grupo Consultivo de Políticas sobre a Malária da OMS, certifiquei Cabo Verde como livre de malária. Felicito o governo e o povo de Cabo Verde, e todos os parceiros, por esta conquista histórica, que surge no momento em que se celebra amanhã o Dia Nacional da Democracia. E de fato, você tem muito o que comemorar. Cabo Verde é, em muitos aspectos, um modelo de democracia, com uma governação forte, liberdades de imprensa e liberdades civis. Acredito que alcançar o estatuto de livre de malária ficará na história de Cabo Verde como uma das suas conquistas mais significativas, juntamente com a conquista da independência e da democracia. O seu forte compromisso político, vigilância, colaboração intersectorial coordenada, parceria e investimento para além do sector da saúde tornaram possível esta conquista” –Tedros Adhmon Ghebreyesus
Cabo Verde é o terceiro país da Região Africana a receber o estatuto “livre de malária”, depois da Argélia e das Ilhas Maurícias. Tedros Adhmon Ghebreyesus, defendeu que a OMS, o Fundo Global e outros parceiros têm orgulho em apoiar este processo em todas as etapas para proteger a malária nos próximos anos.
“Há dois anos que Cabo Verde tem trabalhado para implementar os sistemas e capacidades para mostrar que não há mais malária no país e para garantir que nunca mais poderá voltar. Este trabalho árduo, embora liderado pelo Ministério da Saúde, tem sido partilhado por muitos ministérios – todos os quais têm um forte interesse em nunca mais ver a malária neste país. A OMS, o Fundo Global e outros parceiros têm orgulho em apoiar este processo em todas as etapas. Gostaria de reconhecer e agradecer a todos aqueles que tornaram este momento possível e que continuarão a trabalhar para proteger Cabo Verde da malária nos próximos anos”. –Tedros Adhmon Ghebreyesus
E para manter Cabo Verde livre da malária, o responsável da OMS defendeu que será necessário continuar a apostar na formação e investimento contínuo em sistemas que protegem o país contra doenças transmissíveis.
“Cabo Verde estará sempre em risco de a malária voltar. O trabalho que nos trouxe até aqui deve continuar. Manter Cabo Verde livre da malária exigirá formação contínua e investimento contínuo em sistemas que protejam o país contra doenças transmissíveis. Exigirá investimento contínuo no forte sistema de saúde primário de Cabo Verde, sem o qual a eliminação da malária não teria sido possível. Garantir a continuidade da vigilância da malária, o diagnóstico de qualidade, a colaboração multissectorial e a afectação dos recursos necessários serão vitais para evitar o restabelecimento da transmissão da malária. Estou confiante de que o Governo de Cabo Verde fará todos os esforços para manter o seu estatuto de livre de malária”. –Tedros Adhmon Ghebreyesus
A malária afecta anualmente cerca de 250 milhões de pacientes em todo o mundo, causando mais de 600 mil mortes.
Redação Tiver