Centenas de pessoas começaram a abandonar o Hosipital Europeu de Gaza, perto de Khan Younis. O secretário-geral da ONU afirmou que “nenhum lugar é seguro em Gaza” e que os civis palestinianos são forçados a um “movimento circular mortal”.
O exército israelita tem levado a cabo contínuos ataques na Faixa de Gaza nas últimas horas, depois de, na segunda-feira, ter ordenado a retirada dos palestinianos de grande parte de Khan Younis.
Pelo menos uma mulher morreu e seis outras pessoas ficaram feridas após as Forças de Defesa de Israel (FDI) terem atacado a cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, enquanto uma criança morreu num bombardeamento no campo de refugiados de Nuseirat. Os recentes ataques poderão indicar que as FDI estão a organizar um novo e mortífero ataque à cidade do sul da Faixa de Gaza.
Também centenas de pessoas começaram a abandonar o Hospital Europeu de Gaza, um dos poucos ainda em funcionamento na região, perto de Khan Younis, embora o exército israelita tenha alertado que os doentes e as restantes pessoas que se encontram no interior das instalações não correm perigo.
Grande parte de Khan Younis foi destruída na sequência de uma série de bombardeamentos no início deste ano, mas muitos palestinianos decidiram regressar à cidade para escapar a outra ofensiva israelita na cidade mais a sul de Gaza, Rafah.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que esta enésima ordem de retirada de pessoas “mostra que nenhum lugar é seguro em Gaza”, forçando os civis palestinianos a um “movimento circular mortal” de um lugar para outro na Faixa de Gaza.
As crianças palestinianas na Faixa de Gaza correm um elevado risco devido a bombas não detonadas, segundo o Gabinte de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA). Em junho, uma criança de nove anos foi morta e outras três ficaram feridas após uma bomba explodir perto de Khan Younis. A OCHA indicou, ainda, que mais oito crianças ficaram feridas em incidentes semelhantes.
O Serviço de Ação contra as Minas da ONU calcula que 10% das munições não explodem, mas são deixadas grande quantidade de explosivos nos escombros.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que o seu país está quase a eliminar o que descreveu como “o exército terrorista do Hamas”.
Fonte: Euronews