A época chuvosa deste ano vai a meio e as previsões feitas inicialmente acabaram por não se concretizar, o país registou uma precipitação média de 47 milímetros de chuva quando o normal para esta época do ano seriam 244. Porto Novo, São Vicente, Maio, Praia, São Salvador do Mundo, São Lourenço dos Órgãos e Santa Catarina do Fogo são os municípios onde choveu menos.
As primeiras previsões para a época de chuvas deste ano eram animadoras. O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica previa, para os meses de Julho, Agosto e Setembro, chuvas precoces, com dias sem chuva curtos e forte probabilidade de as chuvas serem dentro do normal para a época climatológica, com maior incidência nas ilhas de Sotavento. “Tínhamos previsto para o período de Julho, Agosto e Setembro, chuvas normais com tendência acima da normalidade climatológica, que seria de 244 milímetros”, adianta a meteorologista e administradora executiva do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), Denise de Pina.
As primeiras chuvas confirmavam as previsões e, a partir do dia 8 de Julho, houve uma acumulação de 20 milímetros de chuva. “Foi o dia que tivemos as primeiras chuvas e, de facto, foram precoces e foram com alguma intensidade em algumas localidades”, recorda Denise de Pina.
O que acabou por não acontecer foram as curtas sequências de dias sem chuva.
“Já em termos das sequências secas, de dias sem chuva, que tínhamos previsto de serem curtas, foram muito mais longas daquilo que foi previsto. Depois de dia 8, já só voltou a chover, em algumas localidades, talvez um mês depois. Então, as sequências secas foram, de facto, muito longas”.
Uma situação que tem afectado todo o país, mas com especial incidência nos municípios de Porto Novo, São Vicente, Maio, Praia, São Salvador do Mundo, São Lourenço dos Órgãos e Santa Catarina do Fogo que têm registado valores de precipitação abaixo do que era esperado.
“Esses concelhos estão abaixo da média climatológica para Julho e Agosto”, confirma.
Mesmo com a chuva que se tem verificado em alguns concelhos do país, “estamos ainda muito aquém do previsto”, confirma Denise de Pina. “Porque a média ronda os 244 milímetros. E ainda estamos muito aquém, a média nacional está muito aquém. Estamos em 47 milímetros”.
Fonte: Expresso Das Ilhas // Ad: Redação Tiver