O Presidente cabo-verdiano defendeu que a mitigação e a adaptação a eventos climáticos extremos não têm sido inclusivas e têm ficado aquém das metas traçadas, responsabilizando a persistente lacuna de financiamento por esses atrasos. José Maria Neves discursou durante a Cimeira do Futuro, na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, onde saiu em defesa da necessidade de uma reforma da Arquitetura Financeira Internacional.
Segundo o mais alto magistrado da nação, a realização dos ODS, incluindo a mitigação e a adaptação aos eventos extremos associados às mudanças climáticas, não tem sido inclusiva, no sentido de não deixar ninguém para trás, e ao mesmo tempo, tem estado aquém das metas traçadas.
José Maria Neves defendeu uma reforma da Arquitetura Financeira Internacional, consentânea com o imperativo de financiamento ajustado às necessidades globais e diferenciadas do desenvolvimento. Realçou ainda que a ausência de paz e de segurança se tem acentuado por motivo da proliferação, em todos os continentes, de guerras de agressão, de conflitos intraestatais e de ações terroristas.
O chefe de Estado advogou que o desafio da governança global impõe a revisão do sistema multilateral nos três eixos da ONU: paz e segurança, direitos humanos e desenvolvimento sustentável.
José Maria Neves foi um dos líderes mundiais a discursar hoje no arranque da “Cimeira do Futuro”, logo após a adoção de três acordos históricos que visam construir um futuro melhor para a humanidade: “Pacto para o Futuro”, “Pacto Digital Global” e a “Declaração sobre as Gerações Futuras”. Após a intervenção na Cimeira, o Presidente cabo-verdiano reuniu-se com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e discutiram os planos de Cabo Verde para sediar a quinta Conferência Internacional sobre Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, assim como a primeira cimeira das nações crioulas, segundo um comunicado oficial.
Fonte: PR // Ad: Redação Tiver