As representações diplomáticas dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Noruega e Suíça apelaram hoje a todos os envolvidos na situação em Moçambique para que “demonstrem contenção” e respeitem o Estado de direito e a vida humana. Através de uma declaração conjunta publicada na rede social Facebook, a Embaixada dos Estados Unidos da América, o Alto Comissariado Britânico, o Alto Comissariado do Canadá, a Embaixada da Noruega e a Embaixada da Suíça pronunciaram-se sobre a situação em Moçambique.
“Neste momento crítico, apelamos a todos os envolvidos para que demonstrem contenção, respeitando o Estado de Direito e a vida humana”, lê-se na declaração conjunta.
Os subscritores reiteraram o seu apoio ao povo moçambicano “no exercício dos seus direitos, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, à reunião e associação pacíficas, à liberdade de opinião e expressão e ao direito à informação”.
“Partilhamos a expectativa de que o Conselho Constitucional cumpra as etapas finais do processo eleitoral de forma transparente e em conformidade com o seu mandato”, prosseguem os representantes diplomáticos dos cinco países.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou em 24 de outubro a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975), na eleição para Presidente da República de 09 de outubro, com 70,67% dos votos.
Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas afirmou não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.
Venâncio Mondlane apelou a uma greve geral e manifestações durante uma semana em Moçambique, a partir de 31 de outubro, e marchas em Maputo em 07 de novembro.
Fonte: Notícias ao minuto