A psicóloga Elisângela Canuto destacou na cidade da Praia, por ocasião do Dia Mundial da Tolerância, os desafios de ser “excessivamente tolerante”, enfatizando que isto pode afetar o bem-estar psicológico das pessoas.
A especialista explicou que enquanto a tolerância é essencial para a convivência saudável ela também pode se tornar prejudicial quando leva ao autoanulação e ao desrespeito ao próprio ponto de vista.
“Precisamos entender o limite do outro e respeitar o ponto de vista do próximo, mas a tolerância se torna algo negativo quando passa a nos anular, quando começamos a negligenciar nossas próprias crenças e necessidades para agradar o outro”, afirmou Elisângela Canuto.
A especialista destacou que num cenário de desequilíbrio entre tolerância e intolerância a falta de autoconfiança e a supressão dos próprios sentimentos podem levar a questões emocionais graves, como ansiedade e baixa autoestima.
Por isso, Elisângela Canuto chamou atenção aos desafios enfrentados por quem tenta ser excessivamente tolerante, especialmente em situações em que a assertividade seria necessária.
Ela explicou que indivíduos que não aprendem desde a infância a defender seu ponto de vista podem crescer com dificuldades em argumentar ou estabelecer limites.
Esse processo de autos supressão pode ter consequências negativas na fase adulta, prejudicando a saúde emocional e os relacionamentos interpessoais.
A psicóloga também enfatizou a importância da prevenção desde a infância, sugerindo que pais, educadores e instituições de ensino trabalhem intencionalmente no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como argumentação saudável, empatia e respeito mútuo.
Fonte: Inforpress//Ad:Redação Tiver