O Cinquentenário do Acordo de Lisboa, documento histórico que marcou o caminho para a independência de Cabo Verde, foi celebrado com uma cerimônia solene que reuniu representantes dos governos de Cabo Verde e Portugal, destacando a importância deste marco nas relações entre os dois países. José Maria Neves e Marcelo Rebelo de Sousa, ressaltaram o papel fundamental do Acordo, assinado em 19 de dezembro de 1974, no processo de descolonização e na construção de uma relação sólida.
Em sua intervenção, José Maria Neves destacou o Acordo de Lisboa como um ponto decisivo na luta pela independência de Cabo Verde, liderada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde. Ele relembrou a coragem dos cabo-verdianos que participaram diretamente das negociações, como Pedro Pires, Amaro Da Luz e José Luís Fernandes, enfatizando o papel da luta nacional e internacional na conquista da soberania.
Neves também frisou a importância de preservar a memória histórica como ativo estratégico para as novas gerações, afirmando que “o Acordo de Lisboa não deve servir como arma de arremesso político, mas como símbolo de unidade nacional e inspiração para o futuro”. Por seu turno, o Presidente Português, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou a trajetória de Cabo Verde desde a independência, que se consolidou como um exemplo de estabilidade política, democracia e desenvolvimento na África e no mundo.
Por sua vez, Pedro Pires, destacou o simbolismo do Acordo de Lisboa como um ponto de ruptura político-institucional e a garantia de irreversibilidade do processo libertador e da descolonização. O comandante enfatizou ainda que o acordo constituiu o primeiro alicerce para a fundação do Estado soberano de Cabo Verde.
Encerrando a celebração, os líderes reafirmaram o compromisso com o fortalecimento das relações entre os dois países e o desejo de projetar o futuro, mirando os próximos 50 anos.
Redação Tiver