O Festival Internacional de dança e artes performativas Kontornu, regressa em 2025 com uma edição especial, que engloba espetáculos de dança, música, circo e performances de rua, além de workshops, exposições e painéis de conversa, na Cidade da Praia, Tarrafal e Santa Cruz. O evento decorre de 3 a 10 de maio, coincidindo com a celebração dos 50 anos da independência de Cabo Verde.
Segundo o diretor do festival, Djam Neguin, esta terceira edição representa um ciclo de consagração e reflexão sobre o papel da arte e da cultura no desenvolvimento do país. Para ele, a retoma do festival neste ano simbólico é uma feliz coincidência que reforça a importância de investir na criatividade como força transformadora.
A programação será marcada pela aposta na formação, com destaque para duas residências artísticas e incubadoras criativas, que irão permitir a jovens talentos cabo-verdianos o contacto com profissionais da dança de Espanha e Moçambique, fortalecendo o repertório técnico e estético dos participantes e estimular a criação autónoma de espectáculos.
Apesar da riqueza cultural do festival, a organização enfrenta ainda dificuldades financeiras e burocráticas.
Um dos grandes destaques é a colaboração com a Bienal de Dança do Ceará, no Brasil, que trará a Cabo Verde cerca de 40 artistas e profissionais da cultura. A programação inclui espetáculos gratuitos com artistas de vários países, e ações formativas direcionadas sobretudo para o público escolar, refletindo o compromisso com a inclusão e a descentralização cultural.
Redação Tiver