O Governo de Cabo Verde olha para o Brasil como o parceiro ideal para desenvolver tecnologicamente a sua agricultura, pelas semelhanças tropicais, mas também através da formação de capital humano. Afirmações do ministro da Agricultura, Gilberto Silva, acrescentando que o Brasil pode colaborar com Cabo Verde na pequena mecanização adaptada ao seu território.
“Nós olhamos para a colaboração com o Brasil como uma vantagem considerável porque o Brasil também desenvolveu-se em matéria de agricultura tropical”, considerou à Lusa o ministro da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, Gilberto Silva, à margem do II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, em Brasília, que delegações de 42 países africanos, além de representantes de organismos internacionais, como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), de bancos multilaterais de desenvolvimento, instituições de pesquisa, organizações e cooperativas da agricultura familiar e entidades do sector privado.
A título de exemplo, o ministro recordou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), “que tem praticamente a mesma idade que a Cabo Verde independente e com inúmeras tecnologias desenvolvidas e que são bastante úteis para os países africanos”.
Em particular, Gilberto Silva disse que o Brasil pode colaborar com Cabo Verde na pequena mecanização adaptada ao seu território.
Além da tecnologia, o Brasil, um dos ‘celeiros’ do mundo, é reconhecido pela sua experiência em extensão rural, financiamento agrícola público e integração de políticas agrárias com programas sociais, considerados essenciais para combater a pobreza e promover a inclusão social através da agricultura, disse.
“Isto não tem a ver apenas com a tecnologia, tem a ver também com modelos de desenvolvimento, da integração da política agrária com outras políticas que têm a ver com a redução da pobreza, da inclusão social”, sublinhou.
Fonte: LUSA // Ad: Redação Tiver