CV ACIMA DA MÉDIA DE ÁFRICA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Cabo Verde tem 51,69 pontos em 100, acima da média do continente africano (45,39), na primeira edição do Índice de Prestação de Serviços Públicos, divulgado hoje pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). O estudo, relativo a 2024, incluiu um inquérito e os agregados familiares em Cabo Verde classificaram a qualidade e a prestação de serviços como “moderadamente satisfatórias”.

Os desafios do arquipélago incluem “a produção agrícola fragmentada, a elevada exposição às alterações climáticas, a baixa qualidade da produção e a deficiente logística de transporte interilhas”, indica. 

As tecnologias “obsoletas e vulneráveis” ao clima contribuem para uma baixa produtividade na agricultura, enquanto no setor industrial os desafios incluem “o elevado custo da eletricidade, a insuficiência de tecnologia e qualificação”.

Entre os 53 países avaliados, Cabo Verde é o melhor classificado dos lusófonos (12.º do continente, com 51,69 pontos), num ‘ranking’ em que as ilhas Maurícias ficaram em primeiro lugar com 59,96 pontos, seguindo-se o Egipto (58,99) e a África do Sul (58,89).

O BAD apresentou o Índice de Prestação de Serviços Públicos PSDI como “um recurso inovador que oferece informações valiosas para ajudar a impulsionar mudanças positivas na prestação de serviços públicos essenciais”.

“A urgência em abordar a prestação de serviços públicos em África é salientada pelo ritmo lento de melhoria da qualidade de vida dos africanos. No entanto, a qualidade dos serviços raramente é avaliada” e é essa “lacuna” que o novo índice pretende preencher, explicou a instituição.

Elaborado pelo Instituto Africano de Desenvolvimento – o ponto focal do grupo BAD para apoio ao desenvolvimento de capacidades institucionais nos seus países-membros regionais – em parceria com partes interessadas, o relatório pretende servir de “ponto de partida para discussões sobre como melhorar a transparência e a prestação de contas na prestação de serviços públicos. Será revisto e reformulado nos relatórios bienais subsequentes”, concluiu.

Lusa // Redação Tiver

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