Cabo Verde está entre os 36 países que poderão ser objecto de novas restrições à entrada nos Estados Unidos da América (EUA), segundo um memorando interno publicado pelo jornal The Washington Post. A administração do Presidente Donald Trump está a ponderar impor medidas mais duras às nações que, no seu entender, não cumprem requisitos mínimos em termos de segurança e cooperação consular.
O documento foi assinado por funcionários do Departamento de Estado dos EUA e dá aos países em causa 60 dias para implementarem melhorias. Os requisitos incluem o reforço da segurança dos documentos, o controlo da migração e a cooperação nos processos de deportação.
Se os requisitos não forem cumpridos, segundo o memorando, os países poderão enfrentar proibições totais ou parciais de emissão de vistos e restrições à entrada em território americano. O comunicado menciona ainda preocupações sobre programas de cidadania por investimento e deficiências na emissão de documentos de identidade.
O objectivo, de acordo com a nota, é garantir que os parceiros dos EUA mantenham “padrões mínimos de confiança e segurança” na gestão dos assuntos migratórios e consulares. Estas medidas poderão ter um impacto directo nos países africanos com ligações históricas aos EUA, como é o caso de Cabo Verde.
Entre os países africanos mencionados contam-se também Angola, Costa do Marfim, Egipto, Gana, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. No caso de Cabo Verde, o reforço da colaboração com as autoridades americanas poderá ser decisivo para evitar futuras sanções.
Fonte: Diário Economico // Redação Tiver