Cabo Verde acolheu o Workshop de Lançamento do Projeto de Apoio à Comissão da CEDEAO, na Implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana. Promovido pela GIZ e financiado pela Alemanha e União Europeia, o evento reuniu várias instituições e parceiros, com o objetivo de reforçar a capacitação nacional nas áreas de comércio de serviços, inclusão de mulheres e jovens no comércio e facilitação do mercado.
Durante a sessão, o diretor geral das alfandegas, destacou que Cabo Verde enfrenta desafios para se integrar num vasto mercado africano, sublinhando a necessidade de formar os setores aduaneiro e comercial, para lidar com regras sobre origem e isenção de impostos das mercadorias.
“Cabo Verde, fazendo parte da Zona de Comércio Livre no continente africano, temos um desafio imenso, porque são praticamente 55 países e 1,2 mil milhões de habitantes dentro do continente. É uma grande oportunidade para o país em poder participar neste mercado muito grande, em que há muitos desafios que precisamente este projeto veio para nos apoiar e identificar nesses desafios em que o país tem para integrar neste mercado do continente africano”. – Osvaldo Rocha
Osvaldo Rocha destacou ainda preocupações práticas como a identificação de mercadorias com origem preferencial no continente africano, um critério essencial para o acesso a benefícios fiscais.
“Esta temática do regime preferencial das mercadorias, em que com a ratificação deste acuporto nós também podemos receber mercadorias de origem africana, em que não vão pagar os impostos a domaner o direito de importação aqui em Cabo Verde, é uma preocupação em que nós temos que estar muito bem treinados para conseguirmos ter o critério certo definido também pela União de Comércio Livre do continente africano”. – Osvaldo Rocha
O chefe do programa do projeto, explicou como o apoio se estende aos países insulares, com foco na conectividade e economia de escala, destacando o apoio técnico já em curso.
“O projeto, que apoia a Comissão da CEDEAO na implementação do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana, promove uma integração regional profunda. Dessa forma, as empresas cabo-verdianas podem participar em cadeias de valor regionais numa economia CEDEAO mais ampla.
Assim, as empresas de Cabo Verde podem beneficiar efetivamente do facto de pertencerem a essa economia regional e, com isso, reforçarem-se para uma participação mais ativa num mercado continental africano mais vasto. Tendo em conta que Cabo Verde tem a particularidade de ser uma economia pequena e, relativamente à questão da conectividade, que é realmente importante para um país insular” – Bernand Tayoh
A zona do comercio livre continental africana, é considerada um marco histórico para o fortalecimento do comércio intra-africano. O evento realizado em Cabo Verde assinala um passo estratégico para a participação do país neste novo espaço económico e comercial, que pretende dinamizar as economias africanas, através de uma maior cooperação regional e redução de barreiras ao comércio.
Redação Tiver