O Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca, denunciou hoje, o que classifica como um clima laboral “degradante em crescendo” no Instituto Nacional de Estatística, apontando um ambiente de ameaças, perseguições e isolamento dos trabalhadores que se envolvem nas reivindicações laborais. O sindicalista, Eliseu Tavares, acusa o Conselho Diretivo da instituição, em particular o seu presidente, de promover uma gestão autoritária e persecutória, incompatível com a paz laboral.
De acordo com o SISCAP, esta situação tem vindo a agravar-se e é do conhecimento do Vice-Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, que detém os poderes de superintendência sobre o INE, mas que, segundo o sindicato, tem-se mantido omisso face à degradação do ambiente de trabalho na instituição.
“Tudo isto, com a conivência, por omissão, do Sr. Vice-Primerio –Ministro e Ministério das Finanças, que é quem, em representação do Governo, detém os poderes de superintendências sobre o INE. Conivência, sim, porque o Sr. VPM tem conhecimento pleno da situação que se está a vivenciar no INE, e não dá mostras de promover uma alteração no status, que fazendo o uso desses poderes”. – Eliseu Tavares
O sindicato denuncia que dois trabalhadores com mais de 20 anos de serviço no INE, foram recentemente alvo de processos disciplinares, por se envolverem em ações sindicais e de reivindicação dos seus direitos.
“Em menos de um ano, dois trabalhadores, com mais de 20 anos e com provas dadas na construção e crescimento do INE, foram alvos de processos disciplinares. O segundo trabalhador recebeu a notificação do processo disciplinar, precisamente, instantes depois de ter participado na manifestação realizada no passado dia 19 de junho do corrente ano, à frente do INE, numa indisfarçável tentativa, por parte da direcção do INE, de condicionar a luta sindical dos trabalhadores”. – Eliseu Tavares
Conforme avançou Eliseu Tavares, o SISCAP já fez a entrega de uma queixa denúncia à IGT que já se encontra a preparar uma visita inspectiva à instituição, e não descarta levar o caso à justiça, caso persistam os “actos de perseguição e assédio” no INE.
“O SISCAP já apresentou uma queixa formal junto da Inspecção-geral do Trabalho (IGT) e entregou provas evidentes de perseguição e assédio laboral dentro do INE”. – Eliseu Tavares.
Entre os factos denunciados estão a mudança de salas de trabalho como forma de punição, intimidações verbais e processos disciplinares considerados “infundados e ridículos”.
O SISCAP assegura que continuará a utilizar todos os meios legais para proteger os interesses dos seus associados, reafirmando a sua posição firme na defesa intransigente dos direitos laborais dos trabalhadores da instituição.
Redação Tiver