ISRAEL ATACA COMPLEXO DO ESTADO-MAIOR NO CORAÇÃO DE DAMASCO

O exército israelita efetuou um ataque aéreo contra a entrada do complexo do Estado-Maior do Governo de Transição sírio em Damasco, numa escalada ligada aos acontecimentos em Suwayda, no sul da Síria. Telavive anunciou o reforço das suas forças na fronteira.

O exército israelita realizou um ataque aéreo contra o portão de entrada do complexo do Estado-Maior do Governo de Transição da Síria na capital Damasco, no âmbito de uma escalada militar em curso, tendo como pano de fundo os acontecimentos na província meridional de Sweida.

O porta-voz das IDF afirmou em comunicado: “O exército israelita acaba de lançar um ataque à entrada do complexo do Estado-Maior do regime sírio em Damasco”, referindo que as operações se inserem no contexto dos “desenvolvimentos relacionados com as ações contra os cidadãos drusos na Síria”. Acrescentou que o exército “atua de acordo com as diretivas da liderança política e continua a estar em alerta para enfrentar vários cenários”.

Numa conferência de imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, acusou o regime de Ahmed al-Sharaa de praticar atos hostis contra as minorias, referindo-se aos drusos, afirmando que se trata de um regime não eleito que tomou o poder pela força das armas.

Saar questionou até quando é que o mundo vai continuar a assistir ao que se passa na Síria, acrescentando que “os interesses de Israel neste país são bem conhecidos: manter a situação como está e garantir que o sul da Síria não representa uma ameaça para o Estado judaico”.

O canal de notícias sírio Al-Ekhbariya noticiou que dois civis ficaram feridos no que descreveu como uma “agressão israelita” dirigida ao centro de Damasco.

Num contexto relacionado, o exército israelita anunciou o reforço das suas forças na fronteira com a Síria, explicando que a medida surge após uma avaliação de segurança da situação no sul do país.

O porta-voz do exército, Avichai Adrai, declarou em comunicado: “Com base numa avaliação da situação, foi decidido reforçar o número de forças na zona da vedação de segurança na fronteira com a Síria”, sublinhando que o exército “não permitirá a existência de uma ameaça militar no sul do país”.

Entretanto, dezenas de membros da comunidade drusa de Majdal Shams atravessaram a vedação no Golã sírio ocupado em direção ao território sírio.

Na província de Sweida, a Força Aérea israelita lançou ataques aéreos contra posições pertencentes ao governo de Transição sírio, coincidindo com o recrudescimento dos confrontos na cidade. O ministro da Defesa israelita, Yisrael Katz, enviou uma mensagem direta a Damasco, apelando à “retirada das forças sírias de Sweida e a que deixem os drusos em paz”.

“O regime sírio deve retirar-se e deixar em paz a comunidade drusa de Sweida”, disse Katz, sublinhando que Israel “não abandonará os drusos na Síria” e “aplicará a política de desarmamento que foi aprovada”.

As declarações israelitas surgem na sequência da escalada de tensões na província de Sweida nos últimos dias, após a eclosão de confrontos armados entre grupos drusos e beduínos, que provocaram um elevado número de mortos e feridos, e voltaram a colocar a tónica na deterioração da situação de segurança no sul da Síria.

Fonte: Euronews

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