Os cerca de 6.600 contos anunciados pelo Governo na sequência do incêndio que devastou 300 hectares de terreno serão aplicados no apoio aos criadores de gado que utilizam a área de pastagem destruída pelas chamas. A informação foi avançada pelo presidente da câmara de Santa Catarina do Fogo, Manuel Teixeira, que sublinhou que o apoio governamental visa, mitigar os impactos nas áreas de pastagem, consideradas fundamentais para a alimentação de animais.
Pelo menos 12 criadores registaram perdas directas de pastos afectando mais de 200 caprinos, duas dezenas de bovinos e cerca de uma dezena de equídeos, que dependiam dos pastos consumidos pelas chamas.
Na sequência do incêndio no mês de Maio, que consumiu cerca de 300 hectares de terrenos, o Governo anunciou a disponibilização de um montante estimado em 6.600 contos para apoiar os criadores de gado e os agricultores directamente afectados.
O apoio surge após um levantamento detalhado dos estragos realizado pela edilidade, em colaboração com a Equipa Técnica Municipal Ambiental (ETMA) do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA).
Entre os danos contabilizados, destacam-se a destruição de mais de 280 cafeeiros, cerca de 500 árvores frutíferas e mais de 500 outras plantas agrícolas como feijão-congo, figueiras e dragoeiros.
Também foram danificadas infra-estruturas rurais, incluindo três casas de campo e dois currais. Apesar de o montante de 6.600 contos já ter sido anunciado, ainda não há uma data definida para o desbloqueio das verbas.
A câmara, garantiu o presidente, continuará em diálogo com o Governo para agilizar o processo e assegurar que o apoio chegue às famílias afectadas o mais brevemente possível. As Nações Unidas também estiveram no terreno e manifestaram preocupação com a extensão dos danos.
A organização comprometeu-se a mobilizar esforços junto de parceiros para apoiar a recuperação da área, embora ainda não haja valores definidos nem garantias de financiamento, uma vez que o processo depende do envolvimento de diferentes agências.
Também 19 agricultores e proprietários rurais sofreram prejuízos com o incêndio, incluindo perdas significativas como a de um agricultor em Cabeça Espigão, que viu desaparecer 88 cafeeiros, 17 laranjeiras e 19 mangueiras, enquanto outro contabilizou a destruição de 116 cafeeiros e 22 bananeiras.
Fonte: Inforpress // Redação Tiver