O governo militar do Mali prendeu dois generais e um cidadão francês, acusando-os de participar de um suposto complô para desestabilizar o país da África Ocidental. Informou um comunicado do governo e a mídia estatal.
O Mali sofreu mais de uma década de turbulência marcada por insurgências islâmicas em seu norte árido, juntamente com instabilidade política que culminou em uma série de golpes em 2020 e 2021 que levaram o atual presidente, General Assimi Goita, ao poder.
Fontes disseram à Reuters no início desta semana que mais de 30 soldados e oficiais militares foram presos sob suspeita de tentar desestabilizar o governo de Goita.
O Ministério da Administração Territorial do Mali, em um comunicado divulgado na noite de quinta-feira, disse que entre os presos estava Yann Vezilier, um cidadão francês.
O relacionamento outrora próximo da França com suas antigas colônias na região do Sahel, na África Ocidental, azedou nos últimos anos, à medida que oficiais militares derrubaram governos civis no Mali, Burkina Faso e Níger.
Paris retirou tropas francesas envolvidas em uma operação para combater militantes islâmicos sob pressão da nova liderança do país. O Mali, que cortou laços militares com a França, recorreu à Rússia em busca de apoio.
Reuters