POLÓNIA INVOCA ARTIGO 4.º DA NATO APÓS INCURSÃO AÉREA

Donald Tusk confirmou no parlamento polaco que o país solicitou a invocação do artigo 4º do Tratado da NATO, que permite aos aliados levantar um questão junto do Conselho do Atlântico Norte. Primeiro-ministro polaco fala em “provocação incomparavelmente mais perigosa” que as anteriores.

A Polónia confirmou que solicitou a invocação do artigo 4º do Tratado da NATO após dezenas de drones terem invadido o espaço aéreo do país.

Numa declaração ao parlamento polaco, Donald Tusk confirmou a decisão de acionar o artigo, tomada após conversações com o presidente do país Karol Nawrocki, que já informou que planeava convocar o Conselho de Segurança Nacional do país dentro de 48 horas. Nawrocki descreveu o incidente como um “ataque sem precedentes na história da NATO” e agradeceu aos pilotos e aliados pela sua ação eficaz.

“As consultas entre os aliados acabam de assumir a forma de um pedido formal de ativação do artigo 4º do Tratado do Atlântico Norte. O artigo 4.º estabelece que as partes procederão a consultas conjuntas sempre que, na opinião de qualquer uma delas, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”, explicou o primeiro-ministro polaco durante a sua invertenção no parlamento.

A Polónia abateu os aparelhos que sobrevoaram o país em direção à Ucrânia. Para Donald Tusk é claro que o incidente representa uma escalada da ameaça russa para os polacos.

“Não há dúvida de que esta provocação é incomparavelmente mais perigosa do ponto de vista da Polónia do que as anteriores”, afirmou.

O artigo 4º do Tratado do Atlântico Norte, também conhecido como Tratado de Washington, prevê a possibilidade de consultas conjuntas entre os Estados-membros da NATO quando qualquer um dos aliados considerar que as suas fronteiras, independência política ou segurança estão ameaçadas.

Esta disposição prevê um mecanismo de resposta diplomática a uma potencial ameaça antes de serem tomadas outras medidas de carácter militar.

Fonte: Euronews

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