A Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) registou um novo ataque nas águas tunisinas ao largo de Sidi Bou Said, esta quarta-feira. Este novo incidente acontece menos de 24 horas depois de ter sido outro barco, onde seguiam os três ativistas portugueses que participam nesta missão.
O Alma, de bandeira britânica, “ficou danificado por um incêndio que deflagrou no convés superior”, denunciaram os ativistas nas redes sociais.
Tal como no caso do barco Família Madeira, na terça-feira, que tinha Greta Thunberg a bordo, a tripulação diz ter visto um drone a atacar o barco.
Mariana Mortágua foi uma das testemunhas. Num vídeo publicado no Instagram, gravado imediatamente após o ataque, a coordenadora do Bloco Esquerda diz ter visto um drone a largar um dispositivo incendiário, num barco à frente daquele onde se encontrava.
“Estamos no nosso barco e um drone acabou por largar um novo dispositivo incendiário num barco mesmo à nossa frente”, disse Mariana Mortágua. “Nós vimos o clarão e vimos o projétil a ser lançado”
A também deputada portuguesa disse que consegui ver fumo a sair do barco atingido. Mas sublinhou que a situação estava controlada.
“Esta tudo sob controlo e, neste momento, temos barcos a ir lá ver como está a tripulação”, acrescentou.
Os ativistas forneceram vídeos das câmaras de vigilância do barco que parecem apoiar a hipótese de um ataque vindo do exterior. As imagens mostram um ativista no convés de proa quase a ser atingido por projétil luminoso que cai do alto e a subsequente explosão.
“O incêndio foi extinto e todos os passageiros e tripulantes estão a salvo”, assegurou a GSF em comunicado, confirmando a determinação em partir de Tunes para Gaza, uma vez concluídas as últimas verificações meteorológicas e mecânicas.
Na sequência do ataque, o ativista português Miguel Duarte, que também integra a flotilha no barco Família Madeira, que ontem foi atacado, pediu pressão internacional.
“2 dias, 2 ataques, precisamos de pressão internacional!”, escreveu Miguel Duarte no Instagram.
Fonte: Euronews