O major Job Gomes destacou hoje, na Praia, que as mulheres são essenciais à defesa nacional, contribuindo nas Forças Armadas e na integração dos esforços dos cidadãos para proteger o território, a independência e a soberania do país. O oficial das forças armadas intervinha no segundo dia do Fórum Justiça e Cidadania, dedicado ao tema “O serviço militar obrigatório em Cabo Verde: sua relevância e consequências do incumprimento”.
Durante a sua intervenção no Fórum Justiça e Cidadania, dedicado ao tema “O serviço militar obrigatório em Cabo Verde: sua relevância e consequências do incumprimento”, o major Job Gomes afirmou que “hoje já não há lugar de bastião para os homens”, sublinhando que “tudo é comum, é 50-50”, em referência à igualdade de participação entre homens e mulheres.
Embora o serviço militar seja constitucionalmente obrigatório para cidadãos entre 18 e 35 anos, a participação feminina continua a ser voluntária, devido a limitações logísticas ainda em desenvolvimento. Desde 1967, as mulheres já têm contribuído para as Forças Armadas, incluindo a histórica participação no Grupo de Cuba.
De acordo com o major, há atualmente “um número enorme de incumprimentos” no cumprimento do serviço militar obrigatório, sobretudo pela não comparência às provas de seleção e classificação. Estes casos configuram crime de desobediência qualificada, sujeitos a sanções legais e à perda de direitos relacionados com o serviço militar.
Nesse sentido, Job Gomes apelou à mobilização dos jovens, pais e encarregados de educação, destacando a importância de cumprir este dever constitucional para o desenvolvimento e defesa do país.
Entre os programas de capacitação, Job Gomes destacou o “Soldado Cidadão”, que desde 2007 já formou cerca de dois mil jovens, promovendo a qualificação profissional e acadêmica e facilitando a reintegração na vida civil.
Fonte: Inforpress // Redação Tiver