MPD ACUSA CMM DE FALHAR NA EXECUÇÃO DO PLANO DE ACTIVIDADES

O líder da bancada municipal do MpD, acusou a Câmara Municipal do Maio, liderada pelo PAICV, de “falhar redondamente” na execução do plano de actividades previsto para 2025. Zacarias Freire apontaou retrocessos e obras estruturantes ainda por concluir.

Zacarias Freire, instado a comentar o grau de execução do plano de actividades de 2025 e a projetar o orçamento municipal para 2026, afirmou que a câmara “não cumpriu nem 1%” das atividades previstas, o que considera um atraso no desenvolvimento da ilha.

“A câmara municipal não deu continuidade às obras e até agora não apresentou uma única obra concluída. Temos uma taxa de execução que não chega a 1%, praticamente nada foi realizado, o que acaba por adiar o desenvolvimento da ilha”, destacou.

O líder da bancada da oposição apontou como exemplos a requalificação urbana e ambiental da zona Shell, a construção do mercado de peixe, no Porto Inglês, o centro multiusos de Pilão Cão e a reabilitação de infraestruturas desportivas e dos parques infantis.

Criticou ainda aquilo que considera “um retrocesso no sector do saneamento”, apesar do aumento de verbas no orçamento municipal, referindo dificuldades na recolha de resíduos, ausência de varredoras nas comunidades e acumulação de lixo em várias zonas da ilha.

Segundo o eleito municipal, estes sinais representam “um recuo evidente” numa ilha que, no seu entender, estava a “crescer a bom ritmo” e com um processo de requalificação urbana de referência nacional.

Neste âmbito, o dirigente do MpD defendeu que qualquer proposta de orçamento e plano de actividades para 2026 deve priorizar a conclusão das obras previstas para 2025, sob pena de ser considerada “uma proposta sem credibilidade”.

“É preciso concluir o que ficou por fazer em 2025 antes de se avançar com novos projetos. A constante suspensão de obras e ausência de novas propostas limita o crescimento da ilha e impede o Maio de acompanhar o desenvolvimento do país”, acrescentou.

Zacarias Freire sublinhou ainda a necessidade de intervenções urgentes na reabilitação de coberturas habitacionais, no reforço do transporte escolar e na dinamização do desporto, alegando que algumas infraestruturas se encontram “ao abandono” e outras sem uso.

O plano de actividades e o orçamento municipal para 2026 ainda não foram entregues à Assembleia Municipal do Maio, permanecendo sem data prevista para a sua apreciação.

Fonte: Inforpress // Redação Tiver

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