O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde visitou várias zonas afectadas pelas chuvas intensas que atingiram os municípios de Santa Cruz, São Miguel e Tarrafal, para avaliar os estragos e identificar prioridades de intervenção humanitária. A organização reforça que continuará a acompanhar de perto as comunidades afectadas, promovendo solidariedade, proteção e respeito pela dignidade humana, princípios centrais da sua missão, sobretudo em contextos de emergência e desastres naturais.
Em declarações à imprensa, Arlindo Carvalho explicou que as precipitações, apesar de terem ocorrido num curto espaço de tempo, provocaram “vários estragos significativos”, afectando sistemas de produção, criadores, agricultores e pescadores.
A nível das infraestruturas, ressaltou que foram registados danos em estradas, vias de acesso, sistemas de condutas de água e drenagem, além de prejuízos em equipamentos sociais, como escolas, o que agrava as dificuldades enfrentadas pelas comunidades locais.
O responsável destacou ainda que, para além dos danos materiais, há impactos diretos sobre as populações, tornando essencial “trabalhar com as pessoas” para garantir proteção, bem-estar e condições mínimas de recuperação, reforçando que as autoridades estão empenhadas, na procura de soluções.
Neste momento, informou que a Cruz Vermelha tem equipas no terreno a proceder ao levantamento detalhado da situação, utilizando novas tecnologias e softwares de recolha de dados metodologia já aplicada anteriormente em São Vicente que permite mapear rapidamente as famílias, comunidades e respetivas necessidades.
Segundo Arlindo Carvalho, a recolha poderá estar concluída até ao final da semana, permitindo definir com precisão o montante a aplicar nas áreas afectadas e mobilizar parceiros, incluindo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, já alertada sobre o acontecimento.
O presidente da CVCV afirmou que encontrou abertura e colaboração por parte das lideranças locais e instituições, o que, segundo defendeu, é fundamental para evitar sobreposição de ações e garantir maior eficácia na intervenção.
Fonte: Inforpress // Redação Tiver