A cidade da Praia continua a ocupar o primeiro lugar no número de casos de violência contra mulheres e nas denúncias formalizadas em Cabo Verde. A informação foi avançada por Marisa Carvalho, presidente do ICIEG, durante o Fórum Igualdade de Género, integrado na campanha global “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas”.
A campanha que está a acontecer em várias partes no mundo, tem como lema para a edição de 2025 o mote definido pelas Nações Unidas: “UNA-SE 2025: Acabar com a violência digital contra todas as mulheres e meninas”, destacando a violência digital como uma forma emergente de ameaça à participação pública, política e social das mulheres.
Os últimos dados da Organização Mundial da Saúde sobre da violência baseada no género, referente a 2018, dão conta que uma em cada dez mulheres sofria de violência baseada no género, uma diminuição, em comparação com 2005. Apesar disso a cidade da Praia continua a ter maior incidência de violência contra mulheres.
Por sua vez, o ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social sublinhou que o Governo mantém como prioridade a concretização da igualdade de género e acompanha de perto as formas de violência que têm surgido no espaço digital, usadas para perseguir, expor e prejudicar vítimas.
Fernando Elísio Freire reconheceu a necessidade de uma recolha regular de dados sobre violência contra mulheres, enquanto David Matern reforçou o compromisso das agências da ONU com os direitos humanos e apelou a maior urgência na promoção da paridade, na eliminação da violência e na inclusão plena.
Com 16 Dias de Activismo contra a Violência contra Mulheres e Meninas, a ONU Mulheres está investindo em informação para combater a violência digital e proteger milhões ameaçadas na internet por agressores e criminosos, por intimidação, “deepfakes”, fotos e dados íntimos e pessoais divulgados sem consentimento.
Redação Tiver