“SITUAÇÃO FINANCEIRA DA CÂMARA NÃO SUPORTA PRIMEIRA TRANCHE DOS RETROATIVOS”

O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, admitiu hoje que a situação financeira da edilidade “não suporta” pagar aos bombeiros a primeira tranche dos retroactivos, equivalente a 100 por cento do salário mensal.

Segundo o edil praiense, uma outra exigência levada à mesa das negociações mediadas pela Direcção Geral do Trabalho (DGT) diz respeito à atualização do subsídio de risco para 15%.

O autarca afirmou em comunicado que, infelizmente, a situação financeira da Câmara não suporta, por mais boa vontade que se possa ter”.

Para Francisco Carvalho, a ideia de pagamento da primeira prestação das indemnizações no valor igual ou superior ao salário líquido referente ao mês de Setembro, “tem como base o facto de que não irão receber o salário do referido mês por causa da greve”.

Francisco Carvalho informou que o processo opôs o corpo de bombeiros e a Câmara Municipal da Praia é antigo, de 2010”, adiantando que, em 2018, a Câmara Municipal liderada por Óscar Santos avançou com a progressão dos bombeiros, “um acto que nasceu torto porque não se fez acompanhar da deliberação habilitante, entrando imediatamente no campo da ilegalidade”.

“E para resgatar a legalidade, resolvemos submeter a proposta à aprovação da câmara municipal, que acabaria chumbada na primeira tentativa pelos vereadores da oposição”, lamentou, acrescentando que este chumbo seria o primeiro obstáculo no percurso do processo da greve dos bombeiros da Praia.

De acordo com o autarca, durante o encontro de conciliação na DGT aconteceu “algo insólito”, ou seja, o presidente do sindicato representativo dos bombeiros afirmou estar na posse do áudio da sessão da Câmara Municipal da Praia na qual foi discutida a proposta de regularização das progressões dos Bombeiros.

“O director de Recursos Humanos presente no acto, em representação da autarquia, pediu que essa declaração constasse na acta, mas a directora geral do Trabalho negou o seu pedido, defendendo que se trata de uma informação irrelevante”, deplorou Francisco Carvalho.  

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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