Os agentes prisionais realizaram hoje uma manifestação pacífica para exigir justiça e respeito pelos seus direitos laborais. Os agentes denunciam transferências forçadas, perseguições e exclusões de agentes que participaram em reivindicações e negociações com o sindicato.
Em declarações à imprensa, o presidente do SIACSA, Gilberto Lima, afirmou que embora os agentes estejam satisfeitos com a nomeação, esta veio acompanhada de muitas incondolências, anormalidades e ilegalidades. Uma das principais críticas prende-se com a recolocação de agentes prisionais para outras ilhas, incluindo casos de profissionais que já tinham sido mobilizados em setembro de 2023 para unidades na Praia, São Vicente, Santo Antão, Sal e Fogo.
O SIACSA aponta ainda a exclusão de agentes através de processos disciplinares, alegadamente por participarem em manifestações e negociações com o sindicato. A mobilidade forçada de trabalhadores é, segundo o sindicato, uma clara tentativa de silenciar aqueles que têm exposto falhas no sistema prisional.
Segundo a mesma fonte, dos 99 agentes nomeados, apenas 37 foram colocados na cadeia central da Praia, sendo os restantes deslocados para outras ilhas. O que, segundo o SIACSA, deveria ter ocorrido apenas depois de preenchidas todas as vagas locais.
Diante da situação, o sindicato informou que já apresentou queixa à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que o próximo passo vai ser encaminhar o caso ao tribunal.
Redação Tiver