É importante para a humanidade reter a memória aquilo que foi o tráfico de escravo e a abolição da escravatura, de modo a se retirar as lições. Palavras do investigador e historiador Lourenço Gomes, que falava à Televisão Independente de Cabo Verde a propósito da data em que se celebra o dia internacional de lembrança do tráfico de escravos e a sua abolição.
O investigador e historiador Lourenço Gomes retratou o dia da lembrança do tráfico de escravos e a sua abolição, como uma ideia de fixação da memória de um conhecimento histórico nas suas diferentes dimensões, como o sofrimento e as heranças deixadas como a língua, e a música cabo-verdiana.
Lourenço Gomes, questiona porque que em Cabo Verde até hoje existem pessoas a viverem na pobreza, por causa dos salários muito baixos argumentando que não é escravidão, mas está próximo disso. É nessa linha que defende que há muitos maus sinais que importam serem vistos e trabalhados na sociedade cabo-verdiana.
Para o historiador, Cabo Verde teve e ainda tem o papel preponderante enquanto ponto de escala reiterando que é possível dar contributo para a rota mundial da escravatura e no processo abolicionista.
Gomes realça que até então existem desafios na área da educação que carecem ser ultrapassados, de tanto investir no ensino ainda é visível algumas margens no que toca a formação profissional, esta sim é um caminho seguro e garante aos jovens a empregabilidade e mais esperanças a estes.
Aquele investigador referiu a uma das consequências mais graves da escravatura, a retirada de forma sistemática dos jovens e mulheres na sua maior fase de reprodutividade fazendo com que o continente africano perdesse a mão de obra, ele que é de opinião que os cabo-verdianos não conhecem a história da escravatura e não se consideram africanos.
Redação Tiver