A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME promoveu, hoje, na cidade da praia, um Workshop de sensibilização, prevenção, fiscalização e repressão do furto e fraude de água. O objetivo do evento foi identificar os mecanismos de tutela penal necessários para responsabilizar aqueles que praticam atos de furto e fraude de água e desencorajá-los a tais práticas.
Durante a abertura do workshop, a presidente da ARME, Leonilde dos Santos, apontou que as médias de fornecimento da água não facturada situam-se em torno de 40 por cento, o que transmite uma certa preocupação.
Leonilde dos Santos mencionou ainda o estudo de caso da empresa Águas de Santiago (AdS), realizado em 2019 no bairro de Achada Santo António na Cidade da Praia, que aponta que dos 63% da água não facturada 54% são perdas provocadas por furto e fraude.
Entretanto, o secretário de Estado da Economia Agrária, Miguel da Moura, que fez a abertura do evento, alertou para essa questão que, a seu ver, vai além do furto e do roubo, considerando que há que se levar em conta as perdas económicas e físicas.
No entanto, lembrou que mais do que isto, cada cidadão é responsável, advertindo que o furto de água pode provocar a reintrodução em Cabo Verde das doenças hídricas com o ingresso de patogênicos no sistema de água.
O workshop realizado pela ARME tem como objectivo identificar os mecanismos de tutela penal necessários para responsabilizar aqueles que praticam actos de furto e fraude de água e desencorajá-los a tais práticas.
Redação Tiver