O governo belga anunciou ter repatriado, na madrugada desta terça-feira, 16 crianças filhas de jihadistas e seis mães que estavam retidas na Síria. Para Bruxelas, por razões humanitárias e de segurança, era importante retirar as crianças.
Os menores têm entre três e 12 anos e uma parte deles nasceu na Síria. Eles estavam junto com as mães no acampamento de Al-Hoj, no nordeste do país, aguardando para serem repatriados.
A operação ocorreu sob segredo por questões de segurança e foi organizada pela polícia e os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Bélgica. As crianças e as mães chegaram nesta madrugada em um voo militar que saiu de Erbil, no Iraque. Eles foram levados a um hospital para realizar exames físicos e psicológicos.
O grupo foi retirado da Síria por autoridades curdas no Iraque. Uma das crianças é órfã de pai e todas elas nasceram entre 2010 e 2019. Segundo a decisão tomada pelo governo belga há mais de um ano, a repatriação é autorizada para menores que tenham no máximo 12 anos.
Desde a queda do autoproclamado califado do grupo Estado Islâmico, essa é a segunda operação deste gênero realizada pela Bélgica. A primeira ocorreu em julho de 2021 e trouxe ao país dez crianças e seis mães. Pouco se sabe sobre esses menores. O governo indica apenas a maioria deles está sendo escolarizada na Bélgica e que, quando possível, vivem com os avós.
Todas as mães são diretamente encaminhadas à detenção por já terem sido condenadas pela justiça belga a penas que vão até cinco anos de prisão. Os menores passam primeiramente pela Proteção Judiciária da Infância.
Fonte: Rfi