BOSTON: SUSPEITO DE ASSASSINATO DE ZENIRA CONDENADO POR FRAUDE DE PASSAPORTE 

Johnny Brandão, fugitivo suspeito de dois casos de assassinato em Cabo Verde da salense Zenira Gomes e do cambista Branco foi condenado na semana passada, pela justiça norte-americana, por mentir que o seu passaporte dos Estados Unidos havia sido perdido para garantir uma substituição para entrar no país, quando, na verdade, o documento havia sido confiscado pelo Ministério Público em Cabo Verde após a sua prisão pelos assassinatos de duas vítimas.

Segundo informações avançadas pela imprensa norte-americana, Johnny Barros Brandão, de 41 anos, foi condenado por uma acusação de fraude de passaporte. O juiz do Tribunal Distrital dos EUA Nathaniel M. Gorton agendou a sentença para 9 de Janeiro de 2025. Brandão foi preso em 9 de Maio do ano passado.  Johnny Barros terá dito em um formulário de inscrição na Embaixada dos EUA, em Dakar, Senegal, que havia perdido seu passaporte durante um jantar no Natal de 2022, conforme o Gabinete do Procurador dos EUA para o Distrito de Massachusetts.

Entretanto, o site NBC10 BOSTON avançou na altura que Brandão terá mentido, uma vez que este teve os seus passaportes americanos e cabo-verdianos confiscados quando foi liberto da prisão preventiva pelo Tribunal da Comarca da Praia. O suspeito, avançou ainda este portal americano que entrou nos EUA a 30 de Dezembro com o passaporte substituto e registos de viagem onde o seu nome estava escrito incorretamente, conforme as autoridades.

 Brandão foi preso em Cabo Verde por essas acusações. Em 12 de Dezembro de 2022, após um período de prisão preventiva, o tribunal, com a justificação de falhas processuais, ordenou que o mesmo fosse retirado da cadeia, mas que o mesmo não poderia sair de Cabo Verde, confiscando o seu cartão de identidade nacional cabo-verdiano, bem como os seus passaportes dos Estados Unidos e de Cabo Verde. Entretanto, este sumiu do mapa dias depois.

Johnny Barros deverá conhecer no início de 2025 a sua sentença na acusação por fraude. Nada foi dito relativamente aos casos de Cabo Verde, mas vale referir que aquando da sua detenção, a Procuradoria norte-americana argumentou que não iria usar os factos de Johnny Brandão ter sido acusado no arquipélago, já que “tanto no arquipélago, como nos Estados Unidos ele sempre se presumirá inocente”.

Fonte: A Nação // Ad: Redação Tiver

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