Cabo Verde, apesar de ocupar o 3.º lugar no Índice Ibrahim de Governação Africana em 2023, mantém sinais de alerta quanto à deterioração geral nos últimos cinco anos. O país destaca-se por investir mais de 10% do seu PIB em saúde e educação, áreas que tiveram melhorias notáveis.
De acordo com o documento, que analisa a governação dos países africanos durante a década de 2014-2023, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau estão assinalados como registando sinais de alerta.
Estes países estão entre os 11 do continente africano que tiveram uma melhor pontuação em 2023 do que em 2014, mas cuja avaliação geral se deteriorou nos últimos cinco anos.
Como pontos positivos, Cabo Verde, evidencia-se, ao lado da Namíbia, Botswana, África do Sul e Lesoto, por dedicar mais de 10% do seu Produto Interno Bruto à saúde e à educação, setores onde as melhorias foram notórias.
Publicado bianualmente desde 2007, o Índice Ibrahim de Governação Africana avalia o desempenho da governação pública de 54 países africanos ao longo de períodos de 10 anos.
Os dados provêm de 49 fontes independentes e baseia-se em 322 variáveis, agrupadas em 96 indicadores de governação, que estão organizados em 16 subcategorias e quatro categorias principais: Segurança e Estado de Direito; Participação, Direitos e Inclusão; Fundação de Oportunidades Económicas; Desenvolvimento Humano.
Este estudo permite atribuir pontuações e identificar tendências específicas ao nível continental, regional e nacional africano em áreas como a segurança, justiça, direitos civis, ambiente económico e saúde.
Fonte: Expresso das Ilhas // Ad: Redação Tiver