O Cardeal Dom Arlindo Furtado lamentou hoje, a morte do Papa Francisco, antes da celebração da Missa de sufrágio. Disse que considera este momento não apenas de luto, mas também de esperança, ancorada na fé cristã e na certeza da Ressurreição.
Falando antes da Missa de sufrágio, o Cardeal sublinhou a entrega total do Papa à Igreja, aos mais pobres e à humanidade. Acredita que Francisco pertence ao grupo dos servos bons e fiéis, pela forma como viveu o Evangelho e serviu com simplicidade, cuidado e amor.
Referiu também que o Papa Francisco era um reformador, na linha dos que puseram em prática o Concílio Vaticano II. Destacou a sua visão de Igreja aberta, próxima das pessoas e comprometida com os desafios do mundo atual.
Dom Arlindo confirmou que irá participar no Conclave, como cardeal eleitor, para a escolha do novo Papa, considerando um privilégio para si e para Cabo Verde estar presente nesse momento importante da Igreja, confiando que o Espírito Santo guiará o processo.
Dom Arlindo revelou também que o Papa tinha planos para visitar Cabo Verde, possivelmente ainda este ano, e que mantinha um carinho especial pelo país, em parte por causa da figura do “Negro Manuel”, escravizado cabo-verdiano cuja causa de beatificação foi iniciada por Francisco quando ainda era arcebispo de Buenos Aires.
Num tom emocionado, Dom Arlindo concluiu dizendo que a morte do Papa Francisco surpreendeu a todos pela rapidez, mas que ele partiu em paz, após cumprir fielmente a sua missão.
Destacou que a bênção “Urbi et Orbi”, no Domingo de Páscoa, terá sido o seu último grande gesto público, encerrando com solenidade um pontificado marcado pela entrega total.
Redação Tiver