A Comissão Nacional de Eleições (CNE) defendeu, hoje, a criação de um centro permanente para monitorizar conteúdos digitais, após avaliar os resultados da experiência piloto do Centro de Verificação de Factos nas Redes Sociais, implementado durante as eleições autárquicas de 2024. Durante o encontro Presidente de CNE, Maria do Rosário, destacou os resultados obtidos.
Durante o encontro de restituição sobre a experiência piloto do Centro de Verificação de Factos nas Redes Sociais, criado para monitorar e combater a desinformação durante o período eleitoral das autárquicas de 2024, a presidente da CNE, Maria do Rosário, defendeu a possibilidade de implementar um centro permanente, em colaboração com a Autoridade Reguladora da Comunicação Social (ARC) e a Universidade de Cabo Verde.
“Os ganhos foram significativos. O centro permitiu à CNE acompanhar os eventos no ambiente digital durante o processo eleitoral e responder rapidamente à propagação de notícias falsas, deepfakes e informações enganosas, alertando os cidadãos para o seu impacto”, afirmou Maria do Rosário.
No que toca ao futuro das verificações de factos em Cabo Verde, a presidente da CNE alertou para os desafios decorrentes das mudanças de políticas das plataformas Meta e X (antigo Twitter), que deixaram de realizar o mesmo nível de monitorização que antes faziam.
“Na experiência piloto, contamos com o apoio do TikTok, que foi de grande valia. Contudo, com essas alterações drásticas por parte das plataformas, o Estado de Cabo Verde deve esforçar-se para criar um verdadeiro centro de checagem, que possa apoiar a administração eleitoral na identificação de informações verdadeiras e na promoção do voto consciente”, sublinhou.
Maria do Rosário frisou ainda que há necessidade de maior compromisso das autoridades para garantir um ambiente digital mais seguro, protegendo a integridade do processo democrático cabo-verdiano.
Por sua vez, um dos coordenadores do Centro de Verificação de Factos nas Redes Sociais, Alfredo Pereira, pormenorizou que o centro funcionou entre 14 e 30 de novembro de 2024 na sede da Comissão Nacional de Eleições (CNE), com uma equipa de seis analistas, estudantes da Universidade de Cabo Verde, e recursos tecnológicos específicos para monitorizar e combater a desinformação eleitoral.
Fonte: EI // Ad: Redação Tiver