Começaram os preparativos para o funeral do falecido Papa Francisco, que será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
A morte de um Papa desencadeia uma série de ritos e tradições meticulosamente planeados que se desenrolam muito antes do início do conclave para escolher o seu sucessor.
Estes eventos solenes começam com a confirmação oficial da sua morte, seguida do velório público do seu corpo, que permite aos fiéis apresentar as suas últimas homenagens.
No ano passado, o Papa Francisco reformou os ritos a utilizar no seu funeral, com o objetivo de os alinhar com as práticas teológicas e pastorais modernas, honrando e defendendo ao mesmo tempo as tradições de longa data da Igreja.
Os elementos fundamentais mantêm-se, incluindo os três momentos-chave que devem ser observados entre a morte de um Papa e o seu enterro.
No entanto, as mudanças notáveis incluem a eliminação do tradicional sistema de três caixões – anteriormente feitos de cipreste, chumbo e carvalho. Em vez disso, o corpo do Papa será colocado diretamente num único caixão.
O falecido Papa passará também a repousar dentro do caixão fechado, em vez de ser exibido sobre um esquife, como era habitual nos anteriores funerais papais.
A alteração também permite que a confirmação formal da morte de um papa tenha lugar na sua capela pessoal, em vez de no seu quarto.
O Papa Francisco residia numa modesta suite na casa de hóspedes de Santa Marta, no Vaticano, em vez do Palácio Apostólico, mais formal, e tem uma capela privada em Santa Marta onde a confirmação pode ter lugar.
Na terça-feira, os cardeais reuniram-se no Vaticano para ultimar os preparativos para o funeral e o próximo conclave para escolher o seu sucessor.
De acordo com o Vaticano, cerca de 60 cardeais participaram na reunião inicial para determinar os próximos passos após o falecimento do Papa.
Concordaram que o público será autorizado a prestar a sua homenagem a partir de quarta-feira, quando o caixão do Papa for colocado na Basílica de São Pedro.
Embora ainda não tenha sido marcada uma data para o conclave que elegerá o novo Papa, os protocolos atuais da Igreja indicam que não pode começar antes de 5 de maio.
Para ajudar durante a “sede vacante” – o período entre papas – foram nomeados três cardeais para apoiar o camerlengo, o cardeal Kevin Farrell, na administração do Vaticano.
Os escolhidos são o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano; o cardeal Stanisław Ryłko, da Polónia, arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa Francisco será sepultado; e o cardeal Fabbio Baggio, alto funcionário do gabinete do Vaticano para o desenvolvimento e migração.
O funeral e o enterro foram marcados para sábado.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver