A Organização Mundial de Saúde afirmou ter confirmado a transmissão sexual de MPOX na República Democrática do Congo pela primeira vez. É de realçar que o país enfrenta o seu maior surto, um desenvolvimento preocupante que os cientistas africanos alertam que poderá tornar mais difícil travar a doença.
Num comunicado divulgado pela agência de saúde da ONU disse que um residente da Bélgica viajou para o Congo em Março e testou positivo para mpox, ou varíola dos macacos, pouco depois. A OMS disse que o indivíduo “se identificou como um homem que mantém relações sexuais com outros homens” e que frequentou vários clubes clandestinos para homens gays e bissexuais.
Entre seus contatos sexuais, cinco testaram positivo para mpox, disse a OMS.
A Mpox tem sido endémica em partes da África Central e Ocidental há décadas, onde atingiu principalmente os seres humanos através de roedores infectados e causou surtos limitados. No ano passado, epidemias desencadeadas principalmente pelo sexo entre homens gays e bissexuais na Europa atingiram mais de 100 países. A OMS declarou o surto como uma emergência global e já causou cerca de 91.000 casos até o momento.
A OMS observou que existem dezenas de clubes distintos no Congo onde os homens têm relações sexuais com outros homens, incluindo membros que viajam para outras partes de África e da Europa. A agência descreveu o recente surto de mpox como incomum e disse que destacou o risco de a doença se espalhar amplamente entre as redes sexuais.
A OMS acrescentou que o surto de mpox este ano no Congo, que infectou mais de 12.500 pessoas e matou cerca de 580, também marcou a primeira vez que a doença foi identificada na capital, Kinshasa, e na província de Kivu do Sul, assolada por conflitos . Esses números são quase o dobro do número de mpox em 2020, tornando-o o maior surto do Congo, disse a OMS.
Fonte: Voa