CRESCIMENTO ECONÓMICO ABRANDA PARA 4,9% NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025

O Banco de Cabo Verde (BCV) divulgou o Relatório de Política Monetária de outubro de 2025, destacando um crescimento económico nacional de 4,9% no primeiro semestre, abaixo dos 9,3% registados em 2024. O abrandamento foi impulsionado pela queda da procura turística, a redução do rendimento das famílias e a baixa confiança dos consumidores.

A inflação média anual subiu para 2,1% em agosto, devido ao aumento dos preços de importação, fretes e produtos alimentares nos mercados internacionais. Apesar deste cenário, as contas externas apresentaram evolução favorável, com a balança corrente a registar um excedente de 2,7% do PIB, sustentado pelo turismo, transportes e remessas dos emigrantes.

O crédito à economia cresceu 4,6%, mais moderadamente, refletindo as taxas de juro mais elevadas e critérios de aprovação de empréstimos mais restritivos, tanto para empresas como para particulares. As reservas externas líquidas aumentaram, garantindo 7,3 meses de importações em junho de 2025, face aos 6,5 meses em dezembro de 2024.

O BCV projeta um crescimento económico de 5,5% em 2025, 4,8% em 2026 e 5% em 2027, prevendo que a desaceleração seja motivada pelo menor contributo da procura interna e, nos anos seguintes, pela redução da procura externa líquida. A inflação média anual deverá situar-se em 2,4% este ano, diminuindo para 1,7% e 1% em 2026 e 2027.

O Banco considera adequado manter as taxas de juro de referência nos níveis atuais, destacando o impacto positivo das suas políticas na atração de fluxos de capital e na recuperação das reservas internacionais, apesar do contexto global marcado por baixo crescimento dos principais parceiros comerciais.

Fonte: BCV // Redação Tiver

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