CV INTERVEIO RAPIDAMENTE SOBRE 30 CASOS DE MALÁRIA ESTE ANO

O ministro da Saúde disse que 30 casos de malária registados desde janeiro foram “rapidamente identificados” para travar a proliferação e tentar manter, até final do ano, a certificação de país livre da doença. A maioria dos casos foi registada na cidade da Praia, onde os doentes importados criaram infeções locais em bairros específicos.

Com esses casos, o governante apelou à população e municípios para cuidarem da limpeza urbana e ajudarem a travar os mosquitos transmissores. Por parte do Ministério da Saúde, garante que se está a “fazer tudo” em concertação com os parceiros.

A maioria dos casos foi registada na cidade da Praia, onde os doentes importados criaram infeções locais em bairros específicos.

A ilha da Boa Vista registou um caso, importado e tratado rapidamente, “sem possibilidade” de causar novas infeções, acrescentou.

As estações da chuva, em África, são as mais propícias à reprodução de mosquitos, portadores do parasita da malária – no caso de Cabo Verde, a precipitação acontece entre julho e outubro.

Segundo Jorge Figueiredo, há um plano de prevenção que é executado “ao longo do ano”, sem quebras e com agentes de luta vetorial que fazem pulverizações intra-domiciliárias e identificam locais favoráveis à propagação de mosquitos.

Outras ações incluem ações de limpeza comunitária, como a que foi realizada há duas semanas na zona de Fonton, Kobon e parte da Várzea, na capital, Praia, “com pessoal da saúde, forças armadas e câmara municipal, mas não houve grande adesão da população”, disse, acrescentando ser necessário mudar mentalidades.

A nova representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde disse na quinta-feira, à Lusa, que a “prioridade” no país deve ser o combate a novos casos de malária.

Ann Lindstrand aguarda para breve a chegada ao arquipélago de um entomologista, cientista especializado no estudo de insetos, e uma epidemiologista, para se juntaram ao grupo de trabalho que agrega o Ministério da Saúde e parceiros.

Questionada sobre se ainda há tempo para Cabo Verde manter o certificado – atribuído pela OMS em janeiro de 2024 –, a nova representante da organização no país disse que sim, que é possível.

“Sim, temos seis meses para o fazer”, concluiu.

Fonte: EI // Redação Tiver

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