A delegada de Saúde de Santa Catarina, Ludmila Miranda, alertou hoje, na Praia, para a tendência de aumento do número de suicídios em Cabo Verde, que apresenta uma média anual de 48 casos entre 2016 e 2020. Os dados constam de um estudo publicado pelo Boletim de Saúde Pública, em novembro do ano passado, e revelam “uma predominância clara” no género masculino, com uma relação de 7,8 homens por cada mulher.
A delegada de Saúde de Santa Catarina, Ludmila Miranda, alertou hoje, na Praia, para a tendência de aumento do número de suicídios em Cabo Verde, que apresenta uma média anual de 48 casos entre 2016 e 2020.
A faixa etária mais afetada situa-se entre os 20 e os 49 anos, com maior incidência entre homens com empregos informais e mulheres dedicadas às atividades domésticas. O estado civil também se revela um fator relevante, sendo os solteiros os mais afetados.
Relativamente à distribuição geográfica, referiu que, em números absolutos, a cidade da Praia lidera, mas, em termos de taxas de incidência, os concelhos da Boa Vista, São Salvador do Mundo e Mosteiros (Fogo) são os que mais se destacam.
A delegada de Saúde sublinhou que o suicídio não deve ser visto apenas como um problema do Ministério da Saúde, mas sim como uma questão que envolve toda a sociedade, defendendo a necessidade de intervenções multissetoriais que envolvam famílias, comunidades, meios de comunicação social e diversas instituições.
Ludmila Miranda afirmou ainda que é necessário trabalhar mais os valores sociais, cultivar a empatia e traçar estratégias eficazes para reduzir este flagelo, declaração feita à margem de uma mesa redonda promovida pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), no âmbito do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
O objetivo da atividade é sensibilizar amplamente a população para os sinais de sofrimento psicológico e reforçar a importância da prevenção do suicídio.
Inforpress // Redação