Cabo Verde não está afetado em grande medida pelo tráfico de pessoas, e em termos de casos visíveis no país, pode se apontar o turismo sexual e a prostituição como o tráfico humano. A presidente do Observatório Nacional do Tráfico de Pessoas, Elisa Fontes, fez estas considerações esta segunda-feira, avançando que Cabo Verde registou entre 2016-2024, 13 casos, e este ano a denúncia de apenas um caso que ainda está sob investigação.
O Observatório Nacional do Tráfico de Pessoas esteve nas ruas do plateau sensibilizando a população sobre o real perigo de tráfico de pessoas, e por termo a esta prática. Segundo avançou a presidente do Observatório o país não está afetado em grande medida por esta problemática.
Entre 2016-2024 Cabo Verde reportou 13 casos de tráfico de pessoas, com uma única condenação e este ano uma única denúncia relacionada ao tráfico.
Sobre os casos das crianças desaparecidas desde 2018, a presidente do Observatório realçou que esses casos não podem ser classificados como sendo tráfico de pessoas, porque o crime de tráfico é muito mais complexo.
“O grande objectivo do tráfico de pessoas é sempre a exploração. Antes disso vem a acção que pode ser recrutamento, o transporte de pessoas, através de vários meios como engano, fraude, rapto, e depois a finalidade que é a exploração”, detalhou, alertando que a certificação do crime exige provas de pelo menos um elemento de cada uma das categorias.
A presidente falou da necessidade de se capacitar mais os profissionais e toda a população de modo a ter os dados mais fiáveis com a realidade cabo-verdiana. O observatório é composto por diversas instituições entre eles, o Ministério da Justiça, a Polícia Judiciária, Polícia Nacional, o Ministério da Educação, no total cerca de 16 entidades que fazem parte a trabalhar na prevenção. Até o dia 30 de julho, dia mundial da luta contra o tráfico de pessoas, a instituição tem em curso diversas atividades.
Redação Tiver