A Direcção Nacional de Saúde (DNS) intensificou as medidas de prevenção e controlo do paludismo na Praia, depois de terem sido registados casos de reintrodução e autóctones, apesar de o arquipélago ter sido certificado como livre da doença. A Diretora Nacional de Saúde, Ângela Gomes, deu estas informações à margem de uma formação para formadores, lembrando que Cabo Verde está há mais de três semanas sem novos casos, graças à intensificação das ações no terreno para travar a transmissão local.
A formação baseada num novo Guia de Vigilância, integra o plano de contingência declarado este ano, e conta com a consultoria de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas áreas de epidemiologia e entomologia.
O país regista anualmente entre 47 e 50 casos importados da doença, com maior incidência na Praia e na ilha da Boa Vista. De realçar que a preocupação atual reside no surgimento de casos locais, em que, no entanto, a diretora nacional de Saúde assegurou que não há casos ativos neste momento.
Zonas historicamente críticas como Fonton e Cobom continuam a representar focos de risco, devido à presença de poços abertos e valas com lixo acumulado que favorecem a proliferação de mosquitos. Segundo a diretora nacional de Saúde, estão a ser desenvolvidos trabalhos em parceria com a empresa Águas de Santiago (AdS) e com o apoio do fundo de emergência para o encerramento desses poços.
A diretora apelou à responsabilização social e à consciência coletiva para prevenir tanto o paludismo como eventuais epidemias de dengue, reforçando que o objetivo é impedir qualquer surto no país.
Redação Tiver