O presidente da Fundação Amílcar Cabral e antigo Presidente da República, Pedro Pires, disse que é muito bom recordar a história, trabalhar a memória, mas que não se pode descuidar do futuro. O também ex-comandante da liberdade da pátria disse ser preciso debater a forma de se ultrapassar a questão da violência e da crueldade presentes no panorama internacional.
O também ex-combatente da liberdade da pátria deixou o alerta ao participar na conferência realizada pela Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), em São Vicente, para assinalar o centenário do nascimento de Amílcar Cabral.
Como um dos oradores da palestra “A influência do legado teórico, político e ético de Amílcar Cabral no contexto actual”, Pedro Pires destacou a personalidade do herói nacional, que, como disse, debatia-se com os problemas presentes, mas pensava sempre no futuro.
“É muito bom recordar a história, trabalhar a memória, mas não podemos descuidar do futuro”, reiterou a mesma fonte, que procurou partilhar com os presentes os ideais de Cabral.
Entre estes, também disse ser preciso debater a forma de se ultrapassar a questão da violência e da crueldade presentes no panorama internacional.
Quanto às comemorações do centenário, Pedro Pires acredita que foram alcançados os objectivos inicialmente traçados, por exemplo de “levar Cabral ao maior número de países, de espaços, de tempo possível”.
Tanto assim é que, segundo a mesma fonte, já se está a pensar na celebração do 20 de Janeiro, data do falecimento do herói nacional.
Além da conferência, a ULCV tem programado ainda mais uma actividade para assinalar o centenário de Cabral, na terça-feira, 12, com a exibição do filme “Nha Fala (2002)” de Flora Gomes.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver