EMIGRANTES ‘’RESIDENTES CPLP’’ COM MEDO DE VIAJAR PARA CV

Emigrantes cabo-verdianos em Portugal e que detêm o título de Autorização de Residência CPLP estão atrapalhados, sem saber se devem viajar para Cabo Verde e terem a garantia de regressar à origem só com esse documento.  Três pessoas confessam que estão com receio de vir de férias devido as dúvidas que pairam sobre esta questão.

Dentre essas pessoas abordadas pelo Mindelinsite, duas delas já compraram passagens, mas, por prudência, preferem aguardar para não ficarem retidas em Cabo Verde pela Polícia de Fronteira, como já terá ocorrido com outras pessoas.

“Neste momento há mais confusão do que certezas. E ainda este caso não foi abordado sequer pela comunicação social, que poderia ouvir as autoridades para nos sossegar”, comenta LD, que prefere o anonimato. Esta cabo-verdiana vive em Portugal há 4 anos e obteve recentemente a Autorização de Residência CPLP, um título atribuído a cidadãos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. O documento, conforme o portal Eportugal, é concedido a quem tenha apresentado uma manifestação de interesse junto do Serviço de Emigração e Fronteiras até 31 de dezembro de 2022 ou que seja titular de visto de residência CPLP emitido a partir de 31 de outubro de 2022. Todo o processo pode ser despoletado online, através da referida plataforma.

Dois agentes da PN abordados, asseguram que nenhum emigrante possuidor da Residência CPLP tem sido impedido de regressar a Portugal. Advertem, no entanto, que o serviço fronteiriço reforçou a vigilância desde que começou a encontrar documentos falsos. Uma dessas fontes exemplifica que há pessoas que nunca pisaram território português, mas que possuem esse título de residência.

Para estas fontes, há indivíduos interessados em propalar essa falsa informação com o objectivo de pressionar as autoridades cabo-verdianas e poderem viajar de forma ilegal. “Estamos cientes do ganho que esse título traz para os cabo-verdianos e não seria a PN a bloquear um processo encetado pelo Governo. Temos, no entanto, de salvaguardar este acordo e a própria credibilidade do Serviço de Fonteira cabo-verdiano”comenta um desses policiais, para quem há indivíduos que têm estado a tentar ludibriar o sistema.

Fonte: MI // Ad: Redação Tiver

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