A Fundação Doenças do Movimento em Cabo Verde iniciou neste mês de junho um estudo epidemiológico que visa caracterizar e analisar a população residente portadora das patologias de foro neurológico. O inquérito, que pode ser acessado e respondido na Internet, tem por finalidade medir a prevalência e fatores de risco,avaliar a disponibilidade e acessibilidade de tratamentos e terapias e perceber os principais desafios enfrentados por pacientes e seus familiares na manutenção da qualidade de vida dos portadores.
Em nota, a referida fundação contextualiza que a população mundial encontra-se em processo de envelhecimento e que a idade é o principal factor de risco em várias doenças do movimento, com destaque para a Parkinson.
Esta é considerada a patologia mais comum e de maior crescimento no globo, tendo sido declarada como pandemia, com estimativas da duplicação de casos a nível mundial em 2040. Isto devido principalmente ao envelhecimento da população, aumento da longevidade e ao consumo de subprodutos industrializados e poluição do ar.
Coordenado pela investigadora principal Leida Tolentino (PhD), o estudo epidemiológico-demográfico pretende recolher informações concretas de todos os pacientes que já foram identificados com uma doença do movimento através de três abordagens.
A pesquisa, salienta a fundação, é aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para a Saúde (CNEPS) e a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) e irá trazer benefícios para os pacientes. Isto porque terá um amplo impacto na melhoria das intervenções clínicas e vai promover o diagnóstico precoce das patologias neurológicas em Cabo Verde.
Ao fornecer um conhecimento mais realista das DDM, a pesquisa poderá, conforme essa fonte de informação, resultar na elaboração de estratégias clínicas específicas para a identificação, seguimento e tratamento mais eficaz dos pacientes, assim como na otimização de políticas públicas no respeitante ao acesso à medicação e a serviços de apoio multidisciplinares.
Fonte: FDM // Ad: Redaçao Tiver