A Comissão Municipal de Saúde de São Filipe reuniu-se, com carácter de urgência, face à situação crítica provocada pelo aumento de casos de dengue nas últimas semanas. Os dados avançados pela mesma indicam que no município de São Filipe, na semana passada foram notificados 27 casos suspeitos com dez positivos e esta semana, de segunda a quinta-feira, foram contabilizados 33 casos suspeitos dos quais 21 foram confirmados como positivos.
“Após um período relativamente calmo, a ilha está a enfrentar um aumento do número de casos de dengue”, disse a delegada da Saúde de São Filipe, Joana Alves, que acrescentou que convocou a reunião da Comissão Municipal de Saúde com a finalidade de traçar estratégias de combate a focos de mosquitos.
Desde Novembro do ano passado o município de São Filipe já contabilizou 728 casos suspeitos dos quais 346 foram confirmados como positivos, disse a delegada de Saúde que sublinhou que, neste momento, está a circular na ilha dengue dos tipos um e três e sublinhou que ninguém está imune ao tipo um.
Joana Alves avançou que Congresso e Santa Filomena continuam a ter mais casos, mas há registo de casos dispersos pela cidade e pelo interior norte e sul, com o agravante de atacar mais crianças e pessoas da terceira idade.
Neste momento, segundo a mesma fonte, há pacientes hospitalizados em São Francisco de Assis e que precisam de cuidados, mas não em estado grave.
Nos Mosteiros a situação é mais crítica e este município já ultrapassou São Filipe no número de casos suspeitos notificados com 759 casos suspeitos contra os 728 de São Filipe.
A delegada de Saúde dos Mosteiros, Leidy Spínola, confirmou a ocorrência de um óbito no início desta semana e, segundo a mesma, foi um homem de 98 anos que chegou a ser transferido para o Hospital Regional São Francisco de Assis, mas acabou por falecer. Nos Mosteiros a estrutura de Saúde notificou 759 casos suspeitos com 262 casos positivos e um óbito.
A delegada de Saúde já se reuniu com a Câmara Municipal dos Mosteiros para analisar a possibilidade de maior envolvência da edilidade na luta anti vectorial e propôs a disponibilização de pessoas para a sensibilização e fiscalização de obras porque, explicou, o maior problema são as fossas das obras que estão abertas e a realização de campanha de limpeza pela segunda vez cobrindo todas as localidades.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver