A escassez de chuvas, provocada pelas secas prolongadas e consecutivas, tem impactado a produção de fruteiras cultivadas em regime de sequeiro nas zonas altas da ilha do Fogo. O que mais sofreu as consequências é a videira, apesar do ligeiro aumento face a 2022.
A vindima 2023 deverá começar na primeira quinzena de Julho, dependendo da maturação da uva, mas, comparativamente com o ano passado, a previsão é para uma ligeira melhoria na produção, na ordem dos dez por cento (%), mas ainda assim longe de um ano de boa produção como a que ocorreu em 2014.
David Gomes Monteiro “Neves”, técnico agrícola e com vários anos de experiência na produção de vinho, disse à Inforpress que este ano, comparativamente com 2022, a produção é “um pouco melhor”, sublinhando que a baixa produção é a consequência directa dos anos de secas prolongadas em que as plantas ficaram “estressadas” e não conseguem sequer produzir.
Neves, que percorreu, na primeira quinzena de Junho, vários campos no interior da Caldeiras e zonas limítrofes para inteirar da situação, avançou que a vindima poderá iniciar a partir da primeira ou segunda semana de Julho já que, neste momento, a uva começou o seu processo de amadurecimento e que dentro de 30 dias terá açúcar ideal para a sua transformação em vinho.
Já o produtor e responsável da adega Sodade, Eduíno Lopes, considerou que a perspectiva, em termos de produção, parece “boa e ligeiramente melhor” que a do ano passado.
Além das duas adegas que produzem vinhos e outros produtos através de videira e outras fruteiras cultivadas no regime de sequeiro a nível da ilha. No município de São Filipe, existe a adega de Monte Barro que transforma uvas produzidas na vinha de Maria Chaves.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver