A França e os Estados Unidos afirmam estar prestes a divulgar a sua proposta de acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah “para permitir negociações”.
O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, declarou ao Conselho de Segurança da ONU que França e os Estados Unidos fizeram progressos importantes na sua proposta de um cessar-fogo de 21 dias entre Israel e o Hezbollah.
Barrot disse que “estão a contar com ambas as partes para o aceitarem sem demora, a fim de proteger as populações civis e permitir o início de negociações diplomáticas”.
Os países que apelam ao fim do conflito entre Israel e o Hezbollah são os EUA, a Austrália, o Canadá, a França, a Alemanha, a Itália, o Japão, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Reino Unido e o Qatar. A UE também assinou a declaração.
Esta declaração surge no meio de receios de uma nova escalada entre Israel e o grupo militante apoiado pelo Irão, que parece estar a aproximar o Médio Oriente de uma guerra total.
O Gabinete de Netanyahu rejeitou a ideia de que que poderia haver um cessar-fogo de 21 dias no Líbano nas próximas horas e reforçou que os combates vão continuar “com toda a força”, avança a AFP.
Dirigindo-se às tropas na fronteira norte, um general israelita de topo disse que as forças armadas estão a preparar-se para uma possível operação terrestre. Os ataques israelitas no Líbano mataram mais de 560 pessoas em apenas dois dias.
Entretanto, o Hezbollah lançou dezenas de projéteis contra Israel, incluindo um míssil apontado a Telavive.
Na quarta-feira, o Secretário de Estado Antony Blinken afirmou que os EUA estavam “intensamente empenhados com uma série de parceiros em desanuviar as tensões no Líbano e em trabalhar para conseguir um acordo de cessar-fogo que traria muitos benefícios para todos os envolvidos”.
Os EUA esperam que o cessar-fogo possa conduzir a uma estabilidade a longo prazo na região.
Um funcionário israelita, que pediu anonimato, disse que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu estava recetivo a um potencial acordo, mas supostamente apenas se este incluísse o regresso dos civis israelitas às suas casas.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, apoiou o plano franco-americano e apelou ao Conselho de Segurança para que “garanta a retirada de Israel de todos os territórios libaneses ocupados e das violações que se repetem diariamente”.
Fonte: Euronews