FUNDAÇÃO DOENÇAS DO MOVIMENTO APRESENTA GRUPO DE APOIO AOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM A DOENÇA

A Fundação Doenças do Movimento em Cabo Verde esteve hoje no Hospital Universitário Agostinho Neto para apresentar um grupo de apoio aos pacientes diagnosticados com doenças do movimento e consciencializar para a importância de detectar, precocemente, os sinais.

Sónia Enrique, representante do Grupo de Inter-Apoio Presencial criado em Janeiro deste ano, avançou à Inforpress que o objectivo é a partilha de informação e experiência relacionadas a doenças do movimento, bem como, sensibilizar a população sobre o diagnóstico precoce da doença de Parkinson.

“Falamos da experiência quando somos diagnosticados com a doença, o que mudou na rotina, a medicação, a fisioterapia, quais as necessidades, os sinais da doença, o que ter em atenção e como detectar numa pessoa próxima para não passar despercebido como tremores, rigidez, dificuldades para realizar tarefas diárias”, elencou.

Hoje, que se assinala o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, Sónia Enrique adiantou que o grupo, além de encontros com os doentes e os seus familiares, promove encontros e diálogos com instituições como o INPS e a Emprofac.

“O grupo é aberto a doentes e familiares precisamente porque a doença acaba por afectar a pessoa, o portador e, directamente, a família. É precisamente um grupo de inter-apoio para os pacientes e os familiares” reiterou, realçando a necessidade de participação maior de pessoas.

A neurologista do Hospital Central, Antónia Fortes, informou que os pacientes dão entrada aos serviços de atendimento já com a suspeita da doença, no entanto, muitas vezes são encaminhados a outros departamentos como psicologia e psiquiatria devido à complexidade dos sintomas motoras e não motoras.

“Por exemplo, quando a pessoa tem um tremor quando as mãos estão em repouso, começa a ficar rígido e os movimentos começam a diminuir, pode ter outros sintomas não motoras como ausência de cheiro, obstipação, dificuldade em urinar, insónia e começar a ter alucinação, depressão e, muitas vezes, vão para a psiquiatria com indícios de depressão” explicou, alertando que a idade é o principal factor de risco.

Conforme explicitou a médica, a partir dos 80 anos, a pessoa pode ser afectada pela doença, sublinhando que um número pouco expressivo, ou seja, 10 por cento (%) tem como factor a genética.

Antónia Fortes aconselhou os idosos a prevenirem-se evitando o uso do álcool, tabaco e outras substâncias prejudiciais, bem como a adoptar hábitos alimentares saudáveis, frisando que a doença não tem cura e que o tratamento e medicamentos servem apenas para aliviar os sintomas.

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crónica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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