A Faixa de Gaza tem estado encerrada por terra, mar e ar desde 2007. As restrições à circulação de pessoas, bens e importações de tecnologia há muito que afetam a sua economia, antes da intensificação dos ataques israelitas.
O desenvolvimento em Gaza sofreu um atraso de 69 anos, de acordo com uma avaliação divulgada por um relatório apoiado pela ONU.
A pobreza na Palestina também deverá aumentar 74,3% em 2024, fazendo com que mais 2,61 milhões de pessoas que se tornem mais pobres.
O impacto da guerra, que durou um ano, provocou uma fome aguda, com cerca de 86% da população a passar níveis extremos de fome, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (UNESCWA).
Os esforços para fazer chegar alimentos ao território têm sido dificultados pelo bloqueio de Israel, bem como pelos combates em curso e pelo colapso da lei e da ordem.
O elevado número de deslocados significa que milhares de pessoas estão amontoadas em campos de tendas miseráveis ou em edifícios adaptados como abrigos.
Em agosto, Gaza deu início a uma campanha de vacinação das crianças contra a poliomielite, pois teme-se a propagação da doença.
O PNUD afirma que a economia palestiniana poderia ser colocada numa via de recuperação para se alinhar, em 10 anos, com os objetivos de desenvolvimento anteriores à guerra, mas isso exigiria um plano global de recuperação e reconstrução que combine a ajuda humanitária e o investimento estratégico na recuperação e reconstrução.
O relatório afirma que o levantamento das restrições económicas é também essencial para a recuperação de Gaza.
FONTE: EURONEWS